O crédito à habitação é, sem margem para dúvidas, o produto financeiro mais popular nas últimas décadas em Portugal.

Com a melhoria da economia e do nível de vida das pessoas, os bancos começaram a facilitar bastante o acesso ao crédito à habitação, o que resultou num crescimento bastante acentuado do número de portugueses que decidiu avançar para a compra de casa própria, em detrimento das soluções de arrendamento que até então lideravam o mercado da habitação.

Porém, o recurso ao crédito à habitação não se aplica apenas na hora de comprar casa. Pode também servir para a construção da moradia ou para a realização de obras de remodelação e requalificação de imóveis.

A contratação de um crédito à habitação é um dos compromissos financeiros mais importantes na vida das pessoas, pelo montante elevado que envolve e pela longa duração do contrato.

É essencial, por isso, que o cliente conheça as principais características deste produto e os termos do contrato de crédito que lhe está associado, além das componentes do seu custo, em particular da taxa de juro, e os seus direitos e deveres.

Fonte: Banco de Portugal

A aplicação das taxas de juro no crédito à habitação pode ser fixa ou variável, sendo que a primeira, como o próprio nome indica, se manterá inalterada ao longo de todo o empréstimo, e a segunda sofrerá variações de acordo com a indexação a que estiver associada.

A grande maioria dos créditos concedidos são de taxa variável, indexados à Euribor a 3 ou 6 meses, o que na prática significa que o juro a pagar será alterado consoante os níveis verificados no momento.

A vantagem é que a taxa poderá descer, e com ela o preço da mensalidade, e a desvantagem, evidentemente, é que a taxa poderá aumentar o que levará a que prestação mensal cresça, levando a que o processo se assemelhe em tudo a um jogo de azar.